
Em meio às sombras pulsantes de Gloomrot Norte, há um lugar onde a ambição da ciência colidiu com o instinto de destruição. Dentro do castelo do infame Doutor Henry Blackbrew, repousa aquilo que seria o auge da engenharia humana — ou, pelo menos, era o que se esperava. Seu nome é Adam, o Primogênito. Este colosso de metal, carne e eletricidade representa tudo o que deu errado quando o avanço científico ignora os limites do controle. Adam não é apenas mais um chefe de V Rising; ele é um dos últimos e mais complexos desafios que um vampiro pode enfrentar.
Portanto, mergulhar nessa luta exige muito mais do que bons equipamentos: é preciso entender o que está em jogo, a história por trás da criatura e como sobreviver em um campo de batalha projetado para te esmagar.
O Nascimento de um Monstro

Criado nas profundezas do castelo do Dr. Blackbrew, Adam foi idealizado como a arma definitiva. Nas palavras que ecoam pelos documentos e relatos do laboratório, ele seria a evolução da humanidade — não apenas uma máquina de guerra, mas a materialização do sonho mais perigoso do Trancendum. No entanto, como é típico de obras tão ousadas, ele se mostrou impossível de controlar. Sua força excedeu as barreiras físicas e psicológicas impostas, tornando-se uma ameaça real até mesmo para seus criadores.
Tanto que, segundo os arquivos in-game, o Trancendum precisou isolá-lo. Esse isolamento é justamente o que o jogador encontra ao tentar se aproximar do castelo: barreiras de segurança, portões selados e dispositivos EMP que precisam ser desativados ou contornados usando a Forma de Morcego — uma habilidade avançada no jogo, que permite sobrevoar obstáculos.
Uma vez lá dentro, a atmosfera muda drasticamente. O cenário onde Adam repousa é mais do que um campo de batalha: é uma prisão viva, repleta de torres de raios capazes de cortar seu HP com facilidade. Elas dividem o ambiente em uma espécie de tabuleiro 3×3, limitando sua movimentação e punindo qualquer erro de posicionamento. Cada torre pode ser temporariamente desativada ao receber dano, mas não se engane — Adam pode reativá-las a qualquer momento. Ou seja, manter o campo “limpo” é essencial, especialmente no início do combate. Caso contrário, a combinação entre os golpes poderosos de Adam e as linhas de eletricidade reduzirá drasticamente suas chances de escapar de ataques ou encontrar espaço para contra-atacar.
Durante a primeira fase do combate, Adam demonstra um padrão agressivo e contínuo. Ele se mantém quase o tempo todo no corpo a corpo, o que dificulta o uso de bestas e outras armas de longo alcance. Em compensação, armas como pistolas e espadas grandes mostram-se bastante eficazes, pois equilibram alcance e agilidade. Entre seus ataques iniciais, destaca-se o Combo de Cortes, no qual ele utiliza sua lâmina de braço para executar golpes em arco que liberam ondas de pedra.
Esses projéteis, se não forem bem evitados, acertam em cheio. Para evitá-los, manter-se levemente lateralizado em relação a ele pode ser uma saída segura. Mas é claro, tudo depende do controle que o jogador tiver sobre seu próprio movimento — e das torres que estejam ativas ao redor.
Contudo, o verdadeiro perigo não reside apenas nos ataques convencionais. Golpes como o Agarrão — onde Adam captura o jogador e o arremessa brutalmente pela arena — se tornam especialmente ameaçadores quando há torres ativas, já que ele pode te lançar diretamente sobre elas. Além disso, o ataque chamado “Olho da Tempestade” cria uma chuva de raios enquanto te repele, forçando reposicionamento constante. E se você ousar atacá-lo durante seu estado de escudo protetor, será punido com uma chuva de projéteis elétricos. Em resumo, cada habilidade dele foi desenhada para tirar vantagem da geografia do cenário, dificultando ainda mais a adaptação.
Ao alcançar cerca de metade da vida, Adam entra em sua segunda fase. Visualmente, ele destrói o próprio braço-lâmina e o substitui por um novo membro feito de pura eletricidade. Com isso, alguns ataques da fase anterior são substituídos por variações ainda mais agressivas e difíceis de antecipar. Entre eles, o mais emblemático talvez seja o “Raio da Morte”, uma rajada que persegue o jogador por tempo prolongado, obrigando-o a se movimentar constantemente enquanto ainda tenta sobreviver ao restante dos ataques. Somado a isso, temos o “Salto da Tempestade”, onde Adam se lança no ar, convoca uma tempestade de raios e cai em cima do jogador, causando um dano massivo em área.
Uma Batalha Claustrofóbica

Vale destacar que essa segunda fase não gera orbes de cura adicionais, o que significa que o jogador deve entrar nela com recursos bem calculados. Usar o tempo em que Adam está se reerguendo para desativar torres ou recuperar posição é uma tática extremamente válida. Além disso, se você conta com habilidades como o Véu do Caos ou o Raging Tempest, elas podem fazer a diferença nesse momento, tanto como defesa quanto como meio de causar dano enquanto Adam permanece fixo ou vulnerável.
A escolha do equipamento certo também influencia drasticamente o rumo da batalha. A Armadura da Alvorada e um bom amuleto atualizado, como o Merlot Sangrento, aumentam as resistências necessárias. Já a escolha da arma principal deve levar em conta a capacidade de interromper torres e aplicar dano rápido. Armas ancestrais ou sanguíneas são indicadas devido ao poder de impacto superior. Inclusive, pistolas surgem como alternativa interessante, não só pelo alcance, mas pela possibilidade de interromper os ataques de Adam com disparos velozes e pontuais, principalmente durante transições entre habilidades.
Superar Adam oferece recompensas que não se limitam apenas à vitória moral. Ao derrotá-lo, o jogador desbloqueia o “Pedestal do Monstro” e recebe receitas valiosas como as Couraças do Drácula, que variam entre versões sombrias e malditas, focadas em builds específicas. Além disso, há uma chance de 25% de receber a cobiçada Lágrima de Ônix, além de fragmentos lendários e gemas impecáveis — materiais essenciais para qualquer jogador que esteja no estágio final do jogo. E claro, há o Fragmento de Alma do Monstro, que concede bônus temporários significativos como resistência ao sol, aumento de poder físico e velocidade de ataque corpo a corpo. Esses buffs, embora temporários, podem ser vitais em situações PvE ou PvP.
Apesar da dificuldade, muitos jogadores sentem que essa batalha representa o clímax do conteúdo em Gloomrot. Não porque Adam seja o chefe mais forte do jogo — embora esteja entre os últimos —, mas porque a complexidade do ambiente e a versatilidade dos ataques tornam o combate memorável. Não há um momento de respiro, tampouco espaço para erros repetidos. O campo está sempre ativo, pulsando com eletricidade, e o adversário parece projetado para quebrar qualquer rotina de luta pré-estabelecida. Portanto, não basta decorar padrões: é preciso se adaptar constantemente e transformar cada fração de segundo em uma oportunidade de reação.
Confrontar Adam, o Primogênito, é muito mais do que derrotar um inimigo poderoso. Trata-se de lidar com o legado de um mundo onde a tecnologia foi longe demais, criando algo que nem mesmo seus mestres puderam controlar. Por isso, ao pisar na arena, o jogador não está apenas testando seu equipamento ou reflexos. Ele está enfrentando o resultado de uma ambição desmedida, encapsulada em um corpo que pulsa com eletricidade e destruição. Se conseguir sair dali vitorioso, não será apenas porque venceu a luta — mas porque sobreviveu ao próprio colapso do controle. E no universo de V Rising, isso já é mais do que suficiente para marcar seu nome entre os predadores mais resilientes da noite.
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