
O terror volta a ocupar as telonas em setembro de 2025, e desta vez, promete não apenas assustar, mas também fechar um capítulo importante da cultura pop do gênero. “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” chega aos cinemas em 4 de setembro no Brasil (um dia antes da estreia nos Estados Unidos) como o desfecho da chamada Fase Um do universo cinematográfico baseado nos casos reais investigados pelo casal de demonologistas Ed e Lorraine Warren.
Para quem não conhece, o casal Warren se tornou famoso mundialmente nos anos 70 e 80 por documentar atividades paranormais, acumulando relatos que inspiraram inúmeros livros e filmes. Desde 2013, suas histórias ganharam nova vida nos cinemas pelas mãos de James Wan, criador da franquia, que transformou casos verídicos em narrativas arrepiantes. Agora, este quarto filme da linha principal promete amarrar todas as pontas, entregando um último confronto contra forças malignas que desafiam até os mais experientes caçadores do sobrenatural.
Mas o que torna este lançamento tão esperado? O fato de que ele irá adaptar um dos casos mais perturbadores e misteriosos do casal: o poltergeist da família Smurl — um episódio documentado, mas até hoje sem explicação conclusiva, envolvendo fenômenos que supostamente atormentaram uma casa por mais de uma década.
O Caso Smurl

Entre 1974 e 1989, a família Smurl, residente em West Pittston, na Pensilvânia, alegou viver sob ataque constante de uma entidade demoníaca. Segundo os relatos, tudo começou de forma discreta, com sons estranhos e odores desagradáveis se espalhando pelos cômodos. Com o passar do tempo, os acontecimentos se intensificaram: objetos voavam sozinhos, vozes ameaçadoras ecoavam durante a noite, sombras se moviam contra a luz e até ataques físicos teriam sido registrados.
Diferente de histórias urbanas inventadas para assustar, este caso foi investigado por diversas pessoas, incluindo membros da Igreja Católica e, claro, os Warren. No entanto, mesmo após exorcismos e tentativas de “limpeza espiritual”, os fenômenos continuaram, desafiando qualquer explicação lógica ou científica.
O filme usará esse pano de fundo para criar sua narrativa, mesclando acontecimentos documentados com licenças criativas para intensificar o horror. Isso significa que o público verá desde os elementos clássicos da franquia — como sustos bem construídos e ambientes sufocantes — até momentos que aprofundam o lado humano da história, especialmente o impacto emocional de viver anos sob constante terror.
Vale destacar que esse não é um caso tão conhecido quanto o da boneca Annabelle ou da assombração em Amityville, o que abre espaço para uma experiência mais imprevisível no cinema. Para quem nunca ouviu falar, essa é a oportunidade de conhecer uma das investigações mais controversas do casal Warren.
Um dos diferenciais de “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” está no fato de ser pensado como o encerramento da trajetória dos Warren dentro da franquia. Isso significa que o filme não apenas trará novos sustos, mas também revisitará aspectos emocionais da relação entre Ed e Lorraine.
Interpretados novamente por Patrick Wilson e Vera Farmiga, o casal será retratado enfrentando não apenas forças malignas, mas também seus próprios limites físicos e psicológicos. A proposta do diretor Michael Chaves é intensificar o risco e mostrar o que acontece quando até os mais experientes investigadores começam a se perguntar se terão forças para resistir.
Chaves já havia dirigido “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” (2021), filme que dividiu opiniões, mas trouxe um tom mais sombrio e realista para a série. Segundo o próprio cineasta, este quarto longa será ainda mais intenso, usando o caso Smurl como oportunidade para criar situações de tensão prolongada, onde o medo não vem apenas de aparições repentinas, mas também da sensação constante de que algo está prestes a acontecer.
O roteiro fica novamente nas mãos de David Leslie Johnson, colaborador de longa data de James Wan, o que garante coerência com o tom e a mitologia já estabelecidos. Além disso, a presença de Ben Hardy (“Observadores”) e Mia Tomlinson (“O Reino Perdido dos Piratas”) no elenco traz novos rostos para interagir com os protagonistas, ampliando o peso dramático da trama.
James Wan, criador da franquia e também responsável por sucessos como “Jogos Mortais” e “Sobrenatural”, atua como produtor ao lado de Peter Safran, reforçando que o encerramento terá o mesmo cuidado que tornou a série um fenômeno.
Um Universo que Mudou o Terror Moderno

Para entender a importância deste lançamento, é preciso lembrar o impacto do universo The Conjuring nos últimos 12 anos. Desde 2013, a série principal e seus derivados — como “Annabelle”, “A Freira” e “A Maldição da Chorona” — redefiniram a forma como o terror é consumido pelo grande público.
Ao contrário de produções focadas apenas em sustos rápidos, os filmes dos Warren se destacam por criar atmosferas densas, trabalhar a construção gradual da tensão e equilibrar o sobrenatural com dramas pessoais. Isso não apenas conquistou fãs fiéis, mas também atraiu espectadores que normalmente evitavam o gênero.
“Invocação do Mal 4” representa, portanto, um marco: o fim de uma era que popularizou o terror de forma global, sem depender exclusivamente de violência gráfica ou efeitos exagerados. A expectativa é que o longa amarre pontos deixados abertos nos filmes anteriores, criando uma sensação de fechamento e, ao mesmo tempo, deixando espaço para futuras histórias no mesmo universo.
Segundo declarações da equipe, o filme será mais sombrio e macabro do que seus antecessores, com atenção especial aos elementos de horror psicológico. Isso significa que o público pode esperar ambientes claustrofóbicos, silêncios estratégicos, sons perturbadores e um trabalho de câmera pensado para transmitir desconforto constante.
Além disso, a produção promete aprofundar as consequências emocionais de lidar com o paranormal por tanto tempo. Para os fãs, isso pode significar momentos de grande carga dramática entre Ed e Lorraine, revelando vulnerabilidades que até agora ficaram nas entrelinhas.
Outro ponto que merece destaque é o fato de o caso Smurl ter múltiplas versões registradas, inclusive algumas que questionam a veracidade dos eventos. Essa ambiguidade pode ser usada pelo roteiro para criar situações onde o espectador também se pergunta: isso é real ou fruto da sugestão e do medo coletivo?
Essa abordagem, se bem conduzida, pode tornar “O Último Ritual” não apenas assustador, mas também instigante, colocando o público como parte ativa da investigação.
A proximidade da estreia gera tanto expectativa quanto curiosidade. De um lado, temos fãs ansiosos por um encerramento que faça justiça aos personagens e ao legado construído ao longo de mais de uma década. De outro, existe a possibilidade de que o filme deixe portas abertas para novas histórias, afinal, o universo de terror criado por James Wan é vasto e cheio de casos reais ainda não adaptados.
Independentemente do caminho que seguirá, “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” já se posiciona como um dos lançamentos mais aguardados de 2025. Se entregar o que promete — uma mistura de horror sobrenatural, tensão psicológica e drama humano —, não apenas fechará a saga dos Warren com força, mas também reforçará o papel da franquia como referência no gênero.
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Você acha que este será um encerramento digno para os Warren ou acredita que o universo The Conjuring ainda tem muito mais para mostrar? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe qual caso real você gostaria de ver adaptado no futuro!
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